Pedras nos rins


Qual é o nome certo para as pedras?

O nome técnico é nefrolitíase. Mas conhecemos também como pedras nos rins ou cálculos renais.

Como se formam as pedras nos rins (nefrolitíase)?

Essa é com certeza a dúvida mais comum. As pedras se formam quando há cristalização da substância (por exemplo, oxalato de cálcio) na urina. Esta cristalização forma o núcleo da pedra e isso favorece seu aumento progressivo com o tempo. A substância principal do cálculo difere de paciente para paciente e pode impactar no seu manejo clínico também.
Litíase

Qual é o cálculo mais comum?

Rins

O cálculo mais comum é o formado por oxalato de cálcio. A maior parte dos pacientes tem algum distúrbio metabólico que faz com que tenha maior depósito desta substância na urina e forme as conhecidas pedrinhas.

Não tão frequente como o oxalato, podemos encontrar cálculos de ácido úrico, fosfato de cálcio, estruvita e até de cistina (distúrbio genético raro).

Tem mais de uma pessoa na sua família com pedra nos rins?


Isso não é uma coincidência. Sabemos que a nefrolitíase é uma condição hereditária.

Desta forma, é muito comum que seus pais ou filhos possam ter também. Entretanto, não quer dizer que eles terão pedra nos rins com certeza. Mas quer dizer que a probabilidade é maior do que em uma família que ninguém tem cálculo renal.

Dor cálculo renal

Quais os sintomas da pedra nos rins? Quando dói?

Os sintomas mais comuns são dor, infecção urinária e sangramento na urina. Mas aqui cabe uma observação importante: dificilmente a pedra que está dentro do rim dói.

A dor forte, que todo mundo já ouviu falar (ou sentiu), acontece quando a pedra desce do rim, pelo ureter, até a bexiga. Neste trajeto fino e estreito, ela pode entupir o canal de urina (ureter), acumulando urina dentro do rim e causando a tão temida dor forte.

Em geral a dor leva a pessoa a procurar um médico ou mesmo o pronto-atendimento do hospital

Quando eu preciso me preocupar?

Isso depende de muitas variáveis. O que orientamos é que se você tem pedras nos rins, deve procurar um urologista para avaliação. Nem sempre é necessário operar.

Muitas vezes, fazemos o acompanhamento anual e vigiamos tamanho, número dos cálculos e seus sintomas.

Decidimos operar quando as pedras são grandes (ou numerosas), se o(a) paciente já teve cólicas fortes, infecção de urina ou sangramento, por exemplo.

Se você tem pedras nos rins e já eliminou um cálculo alguma vez na vida, tem uma chance grande (aproximadamente 50%) de ter uma nova cólica. Isso deve ser levado em consideração quando, juntos, decidimos o tratamento.

Quando devo me preocupar

Quais cuidados devo ter com a minha dieta?

A recomendação que serve para todos os pacientes é aumentar a ingestão de água (2 litros por dia, em média). De uma forma simples, tenha uma garrafa na sua mesa de trabalho. Isso pode te ajudar a cumprir sua meta de ingesta hídrica diária.

As outras recomendações vão depender da análise do cálculo e da análise de urina 24h.

É muito importante que estes exames sejam realizados para identificarmos o motivo da sua formação de cálculos.

Em muitos casos, temos orientações de dietas dirigidas para a sua condição específica.

Em alguns casos específicos, também podemos reduzir a formação de cálculos com remédios (em casos de cálculos de ácido úrico, hipernatriúria ou até hipocitratúria).

Se eu precisar operar, qual o melhor método?

Em casos que a cirurgia é a opção, a escolha do melhor método vai depender do tamanho do(s) cálculo(s), da sua localização dentro do rim, da sua “dureza” estudada na tomografia, da distância que ele se encontra da pele, do ângulo entre a pelve renal e o cálice renal… enfim, são diversas variáveis que devem ser consideradas.

De uma maneira geral, podemos realizar:

  • A retirada por dentro do canal, sem corte, com fibra laser;
  • A maior parte dos casos a implosão com litotripsia extracorpórea (externa, sem cortes);
  • Muito comum também a retirada de cálculos muito volumosos no rim (> 25mm por exemplo) com uma pequena incisão de 1cm;
  • Casos mais raros retirada com cirurgia robótica (para casos raros de impactação do cálculo por um longo prazo no ureter, causando seu estreitamento).
Vídeo
Caso você conheça alguém com este problema, fiz um vídeo com 6 dicas para quem tem pedras nos rins.

Referências
  • Tekgül S, Dogan HS, Hoebeke P, Kočvara R, Nijman JM, Radmayr C, et al. EAU Guidelines on Urolithiasis. Eur Assoc Urol 2016;69:475–82.
  • Assimos D, Krambeck A, Miller NL, Monga M, Murad MH, Nelson CP, et al. Surgical Management of Stones: American Urological Association/Endourological Society Guideline, PART I. J Urol 2016;196:1153–60.
  • Flannigan R, Choy WH, Chew B, Lange D. Renal struvite stones—pathogenesis, microbiology, and management strategies. Nat Rev Urol 2014;11:333–41.
  • Müller PF, Schlager D, Hein S, Bach C, Miernik A, Schoeb DS. Robotic stone surgery – Current state and future prospects: A systematic review. Arab J Urol. 2017 Nov 2;16(3):357-364.
  • Santiago JE, Hollander AB, Soni SD, Link RE, Mayer WA. To Dust or Not To Dust: a Systematic Review of Ureteroscopic Laser Lithotripsy Techniques. Curr Urol Rep. 2017 Apr;18(4):32.
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